09/09/2019

A gatinha Mel

Hoje eu trouxe a história da Mel, gatinha de minha amiga, a poeta Silvia Regina Costa Lima, contada por ela. E também um poema que ela fez para os gatinhos, esses seres que encantam nossas vidas. 

MINHA MEL 
Um dia, passei no veterinário e, por acaso, a moça me disse que uma gata da recepcionista tinha dado cria, a mãe tinha ido embora com o pai e deixado oito filhotes e que tinha uma sem lar. Eu disse que gostaria de ver, sem compromisso, o rapaz foi buscar e chegou com aquele tico de gato, magrinha, cabendo na palma da mão, só olhos e grandes orelhas... rsrs. Feinha que só! 


Fiquei com pena e trouxe pra experimentar. Ela me conquistou quando, de manhã, abri a porta do quarto e não havia xixi nem cocô pela casa... e quando, fazendo meu café, eu a vi subir na caixinha improvisada como banheiro. Achei aquilo o máximo!! ... ela era apenas um bebê-gato e estava num local grande e desconhecido. Não teve erro, ela ficou. E agora é linda. Virou um cisne.


Mas não dou a ela os privilégios 'mimantes' que muitos dão a seus gatos.... ela dorme na sala, onde quiser e não pode subir onde quiser, não pode derrubar minhas roupas dos armários, arranhar os móveis... imagine! Eu a ensino...e ela aprende...  pois aqui mando eu... mas gosto dela, sim. Muito. Demais. É meiga, sociável, teimosa e inteligente. Entende muitas palavras como água, comer, comida, não, vem, que bonita!, já pra dentro! Biscoito (minha moeda de troca...rsrs) e outros comandos. Gatos são lindos, mágicos, espertos e independentes, mas também carinhosos.  (por Silvia Regina Costa Lima, adaptado)



Felino

Subo, desço, saio... não caio.
Sou leve, ágil e solto de fato.
Belo animal, eu sou um gato
- e tão certeiro como um raio!

Da noite, o meu prazer extraio
e ensaio ter - no prato - o rato.
Quando no telhado pulo exato,
a muitas gatinhas cedo atraio.

Eu brinco... e eu rolo feito menino,
durmo ao sol feito qualquer felino;
uns me repelem... uns me chamam.

Macio é o meu pelo, oblíquo o olhar
e se ainda sofro algum tipo de azar
é que nem todos humanos me amam.

(Silvia Regina Costa Lima)